Em agosto do ano passado, 2016, passamos dois dias em um hotel
fazenda, foi a primeira vez que fomos para uma viagem assim. Foi muito bom,
pois estávamos em um lugar agradável, descansando, comendo boa comida,
contemplando a criação e acompanhado por uma família amiga! Mas nos últimos
minutos aconteceu algo que me deixou profundamente chateado, meu filho apanhou.
Ele estava a brincar com várias crianças e de uma maneira imaginária lançavam raios
uns nos outros, raios esses que eram bloqueados pelos seus próprios escudos.
Meu menino tinha uma carrinho na mão e quando um dos coleguinhas chegou perto,
acho que em um movimento de armar o escudo, meu filho esbarrou na mão do
coleguinha com o carrinho. Eu já ia chegando perto pra fazer meu filho pedir
desculpas, quando o menininho acertou um golpe de punho fechado nas costas do
meu filho. Meu menino começou a chorar e prontamente eu o peguei no colo e
comecei a consolá-lo, e enquanto meu menino chorava o outro menino saia de
banda vociferando um audível “Bem feito!”.
Embora não tenha demonstrado fiquei muito chateado, primeiro
por toda situação. Outras crianças depois vieram em nossa direção tentando
consolar o meu filho, chamando-o para brincar, e ele recusou. Nas suas costas
ficou uma bola vermelha, marca da agressão. Mas o que mais me indignou foi a
omissão dos responsáveis pelo menino, que fingiram não ter visto nada, e não
deram a mínima. Fiquei pensando que de repente o menino agressor só reproduziu
um comportamento que é comum em sua família, mas acredito que além dessa minha
suposição há um infinito de possibilidades que podem gerar tal comportamento. Mas
o que ficou claro para mim foi a minha incapacidade de proteger meu filho em
todo tempo. Embora muito chateado, resolvi não procurar os pais, nem a criança com medo da minha
reação diante de um nova agressão, mesmo que fosse verbal. Graças a Deus
consegui me controlar!
Na noite desse dia foi difícil dormir, e o Espírito Santo me
incomodou para fazer o que a palavra de Deus diz: “Orar e abençoar nossos
inimigos (que se fazem inimigos)” comecei a orar por aquele menininho agressor
e por sua família. E me lembrei o quanto Jesus apanhou, e que no final de tudo
Ele disse: ”Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!” Eu queria ter
apanhado no lugar do meu filho, mas não pude. E Deus sendo um pai perfeito
conseguiu isso: “Isto é,
Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus
pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Coríntios 5.19. Espero
que a graça de Deus se manifeste naquela família, e que esse menino pare de ser
um agressor, pois um dia encontrará um mais forte, e seu fim pode não ser muito
bom! Termino essa breve reflexão dizendo que é difícil ser cristão, mas quando
olhamos para vida de Cristo entendemos o sentido da vida. Glorifico a Deus por
não ter feito o que me deu vontade, e alguns de vocês como pais devem saber o
que passou pela minha cabeça, neguei-me a mim mesmo, levei minha cruz e mais
uma vez consegui seguir a Cristo! Jesus apanhou bastante e morreu para poder
triunfar sobre a morte e me dar esperança! E foi por essa esperança que eu e
meu filho sofremos o dano, sabendo que é seguindo a Cristo que vencemos a morte
a cada dia! A minha oração é que eu
continue tendo essa força, para continuar combatendo esse bom combate e
vencendo o mal que nos fazem com o bem (Romanos 12.21), que Deus nos ajude!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário